I. Introdução
O documento
Política Nacional e Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva é elaborado com o intuito de defender o direito dos alunos
de estarem todos juntos, sem nenhuma discriminação, uma vez que
igualdade e diferença são tidos como valores indissociáveis.
A educação
inclusiva assume um papel importantíssimo quando pensa-se na forma
como o ensino educacional está posto nos dias de hoje, são moldes
que evidenciam as práticas discriminatórias e geram a exclusão.
Alternativas a partir de determinados referenciais se fazem
necessárias com a intenção de uma mudança não somente estrutural
da escola, como cultural também.
Este documento
acompanha os avanços da educação inclusiva e visa contribuir para
uma qualidade de ensino para todos.
II. Marcos históricos e normativos
A
escola historicamente caracterizou a educação como delimitação de
privilégio de um determinado grupo. A partir do processo de
democratização da escola, evidencia-se o paradoxo
inclusão/exclusão. Os sistemas de ensino universalizam o acesso,
mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos
padrões homogeneizadores da escola. Assim, sob formas distintas, a
exclusão sempre foi característica do processo escolar.
No
Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na
época do Império, com a criação de duas instituições: o
Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto
Benjamin Constant – IBC – e o Instituto dos Surdos Mudos, em
1857, hoje denominado Instituto Nacional da Educação dos Surdos –
INES; ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX é fundado o
Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no
atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada
a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE.
Em
1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a
ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDBEN, Lei nº 4.024/61, que aponta o direito
dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do
sistema geral de ensino. A partir daí, várias Leis surgiram para
afirmar que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos
humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas. Porém, até
hoje, não temos efetiva política pública para tratar da educação
de alunos com deficiência. Não temos organizado um atendimento
especializado que considere as suas singularidades de aprendizagem.
Apesar das Leis, não houve reformulação das práticas educacionais
de maneira que sejam valorizados os diferentes potenciais de
aprendizagem no ensino comum.
Para
que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino
fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de
condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem é
necessário que a política de educação inclusiva na rede pública
de ensino aconteça também na prática, assegurando um sistema de
educação inclusiva em todos os níveis de ensino, com efetividade e
compromisso.
III. Diagnóstico da Educação Especial
Segundo o texto existe um diagnóstico elaborado pelo MEC,
relacionado à educação especial, cujos indicadores estão
relacionados a diversos aspectos como o acesso à educação básica,
matrícula na rede pública, ingresso nas classes comuns, entre
outros. Após a leitura foi possível observar que diversos dados
relacionados ao censo educacional tiveram uma melhora principalmente
a partir 2007, onde o formulário de preenchimento passou a ser
digitalizado, e diversas mudanças ocorreram em relação ao manuseio
das informações e a integração desses dados com outros sistemas,
como a área da saúde, assistência e previdência social. A
respeito dos dados contidos, o texto comenta sobre um avanço no
número de matrículas de alunos especiais na rede publica, ingresso
em classes comuns do ensino regular, além do aumento do número de
alunos especiais em diversos níveis de ensino, entretanto esse Censo
apresenta um dado interessante a respeito da acessibilidade
arquitetônica, segundo esse indicador, no ano de 2006, o índice de
acessibilidade dos prédios de ensino é de apenas 12%.
IV. Objetivo da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Especial
Para que a educação inclusiva avance, essa
política busca participar e se envolver com as vertentes que
trabalham em cima da questão da aprendizagem dos alunos com
deficiência, para que estes se integrem aos espaços educativos de
forma regular.
V. Alunos atendidos pela Educação Especial
Por
muito tempo acreditou-se que a educação especial, paralela à
educação comum, seria a forma mais apropriada para o atendimento de
alunos que apresentavam deficiência ou que não se adequassem à
estrutura da escola.
Essa
concepção exerceu grande impacto, enfatizando aspectos relacionados
à deficiência.
Em
1994, a Declaração de Salamanca proclama que as escolas regulares
com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de
combater atitudes discriminatórias e que alunos com necessidades
educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, tendo como
princípio orientador que “as escolas deveriam acomodar todas as
crianças independentemente de suas condições físicas,
intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras”
(BRASIL, 2006, p.330). A partir desta declaração, o conceito de
necessidades educacionais especiais passa a ser ampliado e
disseminado e ressalta-se a importância da interação das
características individuais dos alunos com o ambiente educacional e
social. Com a educação inclusiva, a educação especial passa a
integrar a proposta pedagógica da escola regular.
O
fato das pessoas modificarem-se continuamente, transformando o
contexto no qual se inserem, é uma situação dinâmica que exige a
atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão,
reforçando a importância dos ambientes heterogêneos para a
promoção da aprendizagem de todos os alunos.
VI. Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
A
educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os
níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional
especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto
a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas
comuns do ensino regular.
O
atendimento educacional especializado tem como função identificar,
elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas.
O
atendimento educacional especializado é realizado em todas as etapas
da escolaridade. Esse atendimento deve ser ofertado,
obrigatoriamente, pelos sistemas de ensino, em período inverso à
classe comum. Esse atendimento para os alunos surdos é ofertado
tanto na modalidade oral e escrita quanto na língua de sinais. Ele é
realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos
específicos.
No
processo de avaliação, o professor deve criar estratégias para uma
boa realização das atividades, pois podem demandar de mais tempo
e/ou de instrumentos diferenciados.
Cabe
aos sistemas de ensino disponibilizar profissionais para o
atendimento e permanência do aluno na escola.
por amanda, sara, simone, jaqueline e rafael
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