o desafio das nossas escolas

terça-feira, 17 de abril de 2012

A Escola Comum Inclusiva


Acredito que seja interessante começar pela definição da palavra normal. Normal: regular, habitual; conforme à regra ou norma. Ao pensar sobre esta definição podemos perceber que, há certos padrões que são considerados cabíveis a este significado, como: é normal mulheres serem sensíveis enquanto homens devem ser durões, é normal a constituição de famílias tradicionais, é normal sermos pessoas seguidoras de regras, enfim há infinitos comportamentos que são vistos como normais.
Há uma crença bastante enraizada, que tudo o que a maioria das pessoas pensa, sente, acredita ou faz, deve ser considerado como normal e por assim dizer servir de guia para o comportamento de toda sociedade.
Segundo Pierre Weil (http://www.pierreweil.pro.br/Curriculum.htm) do comportamento visto como normal surgiu o termo “Normose” que é o conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de pensar ou de agir aprovados por um consenso ou pela maioria de uma determinada população e que levam à sofrimentos.
Dessa forma, penso que o que foge à regra, ou seja, “o diferente” pode ser sim para muitos um sofrimento, uma coisa nova, difícil de ser aceita. Podemos perceber isto na escola inclusiva, como diz no fascículo 1 da Escola Comum Inclusiva“...a identidade normal é tida sempre como natural, generalizada e positiva em relação às demais, e sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade específica através da qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas.”    
Percebemos que tudo que foge ao que estamos acostumados de alguma forma nos incomoda, falo isto de maneira generalizada, pois há muitas exceções. Pensando agora somente na questão educacional, a educação inclusiva deve idealizar a escola como espaço de todos, com os alunos construindo aprendizagens de acordo com suas capacidades, devem poder expressar suas ideias livremente, se desenvolverem como cidadãos, em suas diferenças. Todos devem se igualar pelas suas diferenças nas escolas inclusivas e não se conformar a padrões que rotulem os alunos como normais ou especiais.

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