o desafio das nossas escolas

terça-feira, 13 de março de 2012

Abarcar as diferenças... é simples?

A respeito do texto da aula de hoje, 13 de março de 2012.
Acredito que a grande maioria das pessoas atualmente considera a ideia de abarcar as diferenças como positiva, todos são a favor de considerar o diferente e de incluir. Diversas notícias nos jornais são publicadas, contando a luta dos cegos nas escolas e na mobilidade urbana, do ensino de LIBRAS, de Braille, etc.
No entanto, vejo que isto é um esforço que tem sido feito diante de um paradigma de padronização que ainda está fortemente em voga na nossa cultura. Padronização dos costumes, do que comprar, do que sentir, do que pensar, do que comer, próprias do sistema capitalista.
Dentro da universidade, acredito que uma das coisas mais importantes é perceber o escopo de cada teoria que entramos em contato, o seu direcionamento em termos de diversidade ou não. Particularmente, adoto uma visão crítica a respeito de atitudes massificadoras, impessoalizantes, anti-estéticas e por isso anti-éticas existentes no movimento estudantil, influenciadas muitas vezes por teorias desumanas. Mas isso é uma longa história...
Como sociedade, nós estamos caminhando (com ritmo imprevisível) para uma inclusão das diferenças, que ora pende para a homogeneização, ora para a exacerbação das singularidades. O oposto desta padronização também ocorre, que é a compartimentalização dos diversos campos da vida, também característica da cultura vigente, paradoxalmente. Isso, no campo da educação, podemos ver em forma de patologizações do tipo A, B, C, medicalização das relações e reações dos jovens e crianças, por exemplo.
As individualidades hoje estão entrando em um choque interessante e inédito na história da humanidade, o que verificamos por exemplo, no movimento de emancipação das mulheres, e em outros movimentos sociais que estão em busca de sua identidade particular.
Como educador@s, qual é/será nossa postura perante as diferenças?

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