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segunda-feira, 26 de março de 2012

Sobre o texto "Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva"


                 
I - Introdução
Na Introdução do documento “Políticas Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, elaborado por especialistas da área e apresentado pelo MEC/SEESP, caracteriza-se o movimento pela educação inclusiva (no plano mundial) como uma ação política, cultural, social e pedagógica, em que se luta pelo direito de todos os alunos estarem juntos na escola. Assim, a “educação inclusiva” deve ser compreendida como um (novo) paradigma educacional, tendo como fundamento os direitos humanos (igualdade e diferença como valores indissociáveis e a busca pela “equidade formal”), na qual se busca confrontar práticas discriminatórias e criar alternativas de superação para uma educação de qualidade para todos os alunos.
II - Marcos históricos e normativos
                                             
O tópico vem trazer uma contextualização histórica sobre como as pessoas com deficiência eram encaradas pelo sistema educacional e como são atualmente. Para isso, apresenta-se uma série de leis que entraram em vigor e depois foram substituídas por outras, com relação a forma de educação das pessoas com deficiência.
Inicialmente, "a educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais." (p. 2) Porém, com o decorrer do tempo, foi-se mudando a forma de educação de pessoas com deficiência, com o objetivo da inclusão.
Assim, elas começaram a fazer parte das salas de aula normais, e os professores e funcionários das escolas são treinados para atender às necessidades especiais dos alunos, como, por exemplo, a língua de sinais e em braile. Não podemos deixar de considerar que para que tudo isso acontecesse foi necessário que se reconhecesse a educação como um direito universal. Isso aconteceu pela Constituição Federal de 1988 que "define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a "igualdade de condições de acesso e permanência na escola" como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializada, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208)" (p. 2)
Atualmente, o que vigora é que o sistema de educação deve ser inclusivo em todos os níveis de ensino, oferecendo a possibilidade de desenvolvimento acadêmico e social "compatível com a meta da plena participação e inclusão" (p. 4). Dessa forma, as pessoas com deficiência não devem ser excluídas do sistema educacional geral pela especialidade que apresentam e, mais do que isso, devem ser oferecida “igualdade de condições” entre as pessoas com deficiência e as demais pessoas.

III - Diagnostico da educação especial

O diagnóstico da educação especial é realizado a partir de um censo escolar/MEC/INEP nas escolas de educação básica e busca indicadores da educação especial e entre outros fatores, são eles: número de matrículas na rede pública, acessibilidade aos prédios escolares, acessos ao ensino regular dos portadores de necessidade especiais, além destes o censo avalia a formação dos professores que atuam nesse campo.
É avaliado também a oferta de matrículas e a efetivação das mesmas tanto em escolas regulares como escolas particulares e escolas especiais. O mesmo avalia também se as matrículas são feitas de acordo como tipo de deficiência e se os prédios e possuem estrutura para receber esses alunos. A partir deste censo observa-se que a partir de 2003 busca- se monitorar o percurso escolar do aluno no campo educacional interligando com questões da saúde oferecidas e também da previdência social.

Análise do gráfico
Pelo gráfico pode-se perceber que inicialmente (aproximadamente em 1998) o número de alunos com deficiência matriculados em escolas regulares em classes comuns era mínimo, enquanto que nas escolas especiais os números são relevantes e mais altos. A partir de 2002 com a criação e desenvolvimento de ações e políticas de educação especial houve um aumento de 136% nas matrículas nas escolas regulares ( de 5.079 alunos para 11.999).
“Aponta também o aumento do número de escolas com matrícula, que em 1998 registra apenas 6.557 escolas e, em 2006 passa a registrar 54.412, representando um crescimento de 730%. Das escolas com matrícula em 2006, 2.724 são escolas especiais, 4.325 são escolas comuns com classe especial e 50.259 são escolas de ensino regular com matrículas nas turmas comuns.”

Entretanto o censo não avaliou somente o aumento de matriculas de alunos com deficiência avaliou também as estruturas básicas para atender as necessidades dos mesmos bem como: estrutura básica dos prédios, acessibilidade aos sanitários e as salas de aula. Além dessa avaliação ‘física’ para receber alunos especiais avalia-se também a formação de professores que, segundo o censo, disseram ser capacitados e formados para este tipo de aluno.

IV – Objetivo da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
O objetivo da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva é garantir entre outras coisas o acesso, a participação e aprendizagem dos alunos com deficiência nas escolas regulares, garantindo:
  • A educação infantil até a educação superior;
  • Continuidade da escolarização
  • Formação de professores para o atendimento educacional especializado, promovendo a inclusão escolar;
  • A participação da família e acessibilidade aos deficientes físicos.

V- Alunos atendidos pela Educação Especial

    Por muito tempo a interpretação acerca da Educação Especial, era que esta organizada junto à educação comum, seria a melhor forma para atender os alunos deficientes. Este conceito foi derrubado com os estudos no campo.
   Em 1994 a Declaração Salamanca proclama que são as escolas regulares com orientações inclusivas que constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias e que os alunos deficientes devem ter acesso à escola regular
   A educação especial tem suas ações direcionadas para o atendimento dos deficientes no processo educacional.  Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, podem ter restringida a sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.

 VI- Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.
O que é Educação especial?
É uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades da educação. Esse atendimento é especializado na perspectiva do ensino regular. Sua função é identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que permitam o acesso e formação de alunos com necessidades especiais, garantido o desenvolvimento da autonomia e da independência do aluno.  O atendimento da educação especial deve estar vinculado com a proposta pedagógica do ensino comum.
Acesso                                                                                    
O acesso a educação especial inicia-se na educação infantil, nesta primeira etapa o desenvolvimento da criança nos aspectos  físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais, de modo a favorecer as relações interpessoais, o respeito e a valorização  da criança. Na Educação básica, a educação especial é oferta obrigatória dos sistemas de ensino, sendo oferecido no turno inverso da escola comum. Na educação de jovens e adultos, a educação especial volta-se para possibilitar  a ampliação da escolarização e a formação para o mercado de trabalho e para a participação social. No que diz respeito a educação indígena e quilombola, o atendimento especializado deve estar presente no projeto pedagógico, respeitando as diferenças socioculturais desses grupos.  O acesso de portadores de necessidades especiais no ensino superior é efetivado por ações que promovam a acessibilidade física, de comunicações, informação, materiais didáticos e pedagógicos, que abranjam o ensino, a pesquisa e a extensão.
Formação do professor
O atendimento da educação especial deve ser realizado por profissionais especializados e capacitados no que diz respeito ao atendimento das mais diversas especificidades dos alunos. A formação do professor deve incluir o conhecimento em gestão de sistema educacional inclusivo, possibilitando assim o desenvolvimento da modalidade.
Avaliação na Educação Especial
A avaliação dentro da educação especial é concebida como um processo, que parte do nível inicial do aluno, medindo assim o seu progresso individual.
Políticas Públicas
Os sistemas de ensino devem assegurar as condições de acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos, na comunicação, que favoreçam a aprendizagem e a valorização das diferenças.

Beatriz Vito Vieira  RA: 116238
Danielle Porfírio     RA:123088
Fernando Protetti RA:091182
Juliana Caroline Bonetti RA:117470
Mariana Burckarte Patelli RA: 119862
Tainá   RA:094459

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