o desafio das nossas escolas

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sobre o filme

O filme nos mostra claramente como as diferenças não são bem aceitas em nossa sociedade. Há um esteriótipo muito grande com relação ao que se é considerado 'normal' e o que não é. E, infelizmente, essa ideia de certo/errado, normal/estranho é algo que vem embutido no inconsciente de muitas pessoas, até mesmo naquelas que dizem não ter nenhum tipo de preconceito ou fazer qualquer discriminação entre pares.
Um exemplo prático encontrado facilmente em sala de aula, inclusive eu já presenciei algo assim, é quando um aluno em processo de alfabetização, ou até antes, pega no lápis com a mão esquerda e a professora intervém dizendo:' Você está pegando com a mão errada. Tenta com a outra primeiro.'
Baseado  em quê alguém pode dizer que usar a mãe direta é o correto e quem usa a esquerda está errado? Há uma distância bem tênue entre diferença e erro. Tudo depende do ponto de referência com que  olhamos para determinadas situações. Quem escreve com a mão esquerda faz algo de maneira diferente de quem o faz com a direita assim como quem usa a direita faz diferente de que usa a esquerda. Se fosse apontado como 'mais normal' ser canhoto, o escrever com a mão direita é que seria considerado estranho. E afinal, o que isso importa? Pra quê essa necessidade doentia de homogenização das pessoas? Pra quê desconsiderar pessoas que não são (física, econômica, culturalmente, etc) iguais a nós? Temos que ter claro que somos todos iguais porque temos o direito de ser diferentes em nossas individualidades.
Assim, termino este comentário com uma frase de Esther Diaz:

"Com que critério se pode afirmar que algo é diferente de outra coisa se não existe certa igualdade como unidade de medida"



Jéssica Perini, 091631

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