o desafio das nossas escolas

sexta-feira, 9 de março de 2012

A diferença faz parte de nós


Ao assistir o filme que retrata histórias diferenças envolvendo pessoas que sofreram discriminação por possuírem alguma característica considerada socialmente inferior, lembrei de alguns fatos que ocorreram principalmente em meus estágios.
O que mais acontecia era a discriminação devido ao tempo de aprendizagem dos alunos; a maioria executava as atividades em certo tempo, e aprendia o que era esperado pela professora no tempo estipulado por ela, porém uma minoria não conseguia terminar as atividades, necessitando de um tempo maior para a aprendizagem. Diante disso, muitos alunos falavam a seguintes frases com um tom de superioridade: “Eu já sei ler, fulano ainda não, ele é muito lerdo”; “Ah tia, ele não sabe, mas eu sei, sou muito esperto”; “Vê se pode, ele ainda não terminou a lição, é tão fácil”. Ou seja, pelo fato de essas crianças não se encaixarem no modelo de “aluno perfeito” e realizarem as atividades fora do padrão considerado normal, viravam motivo de risadas e eram vistas como inferiores, além de muitas vezes alguns alunos nem quererem sentar junto com essa minoria (pois eles sentavam em dupla). Cabe a nós professores intervir em momentos como esses, não permitindo que a diferença inferiorize alguns e ao mesmo tempo coloque em um pedestal outros.

5 comentários:

  1. É Lari, é bem assim que acontece mesmo. Só que na minha opinião, as crianças fazem isso porque são "estimuladas" pela professora, na verdade é ela que exige que os alunos acabem logo, é ela que fica dizendo que não pode conversar porque assim vai ficar com a lição atrasada. Até parece que estão em uma grande empresa e que os alunos tem que atingir a meta de vendas até o final do dia, mas nesse caso, é a meta das tarefas, se não fizer tudo naquele dia não vai ganhar "bônus". É complicado...

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  2. Não somente acontece como você relatou Lari, como a atitude das crianças consideradas lentas, que não aprendem por não possuir o mesmo ritmo de aprendizagem que outras, acabam interiorizando que são mesmo ''burras'', que não vão conseguir fazer uma dada atividade,e com isso, já as vi desistindo de realizá-las por conta de uma estigma colocado em sala de aula.

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  3. È terrível taxar uma criança tão nova como "lenta" pelos professores, estigmatizando-a com essa característica, as vezes, por toda a vida escolar.
    É muito importante que o professor saiba deixar de lado essas denominações para que não atinja a aprendizagem futura do aluno.

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  4. Larissa, o pior de tudo, é ver que muitos professores ou professoras acabam inferiorizando os alunos que muitas vezes já se sentem inferiorizados! O professor tem o dever de perceber estas dificuldades e trabalha-las com as crianças e não de apontar apenas os defeitos! Adorei! =)

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  5. Também passei por situações parecidas em um dos estágios que realizei e, como algumas colegas ressaltaram, as manifestações das crianças são, aparentemente, estimuladas pelo próprio docente. Em um episódio, por exemplo, a professora chamou a atenção de uma aluna por seu "relaxo" com o caderno e para isso utilizou como exemplo um caderno "caprichado" de outro aluno dizendo: "Olha aqui, isso é um caderno organizado, não esse garrancho..." A criança aparentemente se sentiu muito constrangida com o comentário e os colegas a tinham como a relexada da turma.

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